| Petrobras Sinfônica traz adágios famosos de Mahler, Albinoni e Barber
A orquestra apresenta quatro peças marcantes do repertório de concerto, entre elas o ‘adagietto’, da ‘Quinta de Mahler’, abrindo a série "Na Sala", dias 13 e 14 de abril
A Orquestra Petrobras Sinfônica abre nesta sexta-feira, 13, a temporada 2018 da série ‘Na sala’, com um programa que inclui alguns adágios marcantes da história da música clássica. No primeiro concerto da série, na Sala Cecília Meireles, o maestro Isaac Karabtchevsky rege algumas das obras mais conhecidas de Gustav Mahler, Tomaso Albinoni e Samuel Barber.
Profundo admirador de Mahler, Karabcthevsky incluiu no concerto excertos de duas grandes obras do compositor – o ‘adagietto da “Sinfonia nº5” e o adágio da “Sinfonia nº9”.
Uma das muitas obras primas de Mahler, o adagietto da Sinfonia nº5 é o quarto movimento de uma peça que oscila entre a dor e a alegria e, por isso, já foi taxada de ‘esquizofrênica’. A ‘Quinta de Mahler’ foi gravada pelas maiores orquestras do mundo e regida por maestros icônicos como Leonard Bernstein e Herbert Von Karajan. O adagietto ficou mundialmente conhecido depois de ter sido usado na trilha sonora do filme ‘Morte em Veneza’, de Visconti.
Já o adágio da ‘Nona’ é o quarto e último movimento da última sinfonia completa de Mahler, composta quando o compositor já estava com a saúde abalada depois da trágica morte da filha. Muitos consideram esse movimento uma despedida. As últimas duas páginas da partitura duram quase seis minutos e a música se extingue lentamente, “como se as notas desaparecessem pelas pontas dos dedos”, nas palavras de Bernstein, responsável por uma gravação antológica da ‘Quinta’.
Ainda nas apresentações desta sexta e sábado (ambas às 20 horas), o “Adágio em sol menor”, que apesar de ser a criação mais famosa do italiano Tomaso Albinoni, talvez não tenha sido composto por ele, pelo menos não integralmente. A peça que hoje é conhecida em todo o mundo seria a reconstituição de um fragmento de partitura supostamente escrita pelo compositor barroco e encontrado em meio a destroços de um bombardeio da Segunda Guerra. A polêmica em nada tira o brilho da obra, que segue sendo uma das peças de concerto mais populares da atualidade.
Do americano Samuel Barber, a Petrobras Sinfônica traz para este concerto o ‘Adágio para Cordas’, originalmente composto para quarteto de cordas. O lendário maestro Arturo Toscanini reconheceu na peça uma pequena obra prima e incentivou o compositor adaptar a partitura para uma orquestra de cordas completa. A obra fez parte das trilhas de “Platoon” e “O Homem Elefante”. É a essa a versão que a Petrobras Sinfônica apresenta na Sala Cecília Meireles neste fim de semana.