| Dell’Arte amplia braço social com seu Instituto
Instituto pretende aumentar o raio de ação em ações sócio-educativas que a Dell'Arte já realiza
Desde que foi fundada, em 1982, a Dell’Arte Soluções Culturais firmou-se no mercado por assinar a produção de espetáculos de qualidade na área da música de concerto e da dança. Durante estes anos, a empresa fundada por Myrian Dauelsberg adquiriu know-how em outras áreas – como a educacional e a social, ao apostar, por exemplo, em projetos de inclusão e investir na formação/capacitação de artistas.
Há dois anos, o diretor executivo Steffen Dauelsberg vinha trabalhando no intuito de organizar melhor, dentro da empresa, estas diferentes – embora correlatas – áreas de atuação. Neste mês de novembro, foi lançado o Instituto Dell’Arte, destinado a ser o braço social da empresa, com direito a noite de gala no Theatro Municipal.
– Fazíamos uma série de ações que se integraram a nossa rotina. E estava tudo misturado. Então identificamos a natureza de todas estas ações e as separamos. O que é de atribuição da Dell’arte Soluções Culturais, como os espetáculos, por exemplo, e o que não era. E fundamos o Instituto, com essa pegada social e educacional – explica Steffen.
Projetos novos e já existentes
O Instituto nasce com parceiros consolidados como o Instituto Ethos, Pacto do Rio e a Fundação Cesgranrio. E também já responde por uma série de projetos, alguns tocados pela Dell’arte há muito tempo.
A Companhia Brasileira de Ballet é um deles. Dirigida pelo coreógrafo Jorge Teixeira, formada por 30 bailarinos profissionais, além de 27 jovens, entre de 12 a 19 anos em estágio de formação, a companhia trabalha para revelar novos talentos e inseri-los no mercado profissional de dança.
O Sinfonia para Todos é outro. Será conduzido pelo artista holandês Merlijn Twaalfhoven – premiado pela UNESCO por promover o diálogo intercultural em zonas de conflitos no mundo – o projeto vai promover a interação entre uma orquestra sinfônica e movimentos culturais na região de Manguinhos.
No rol de ações do Instituto também está o Embaixadores da Esperança que cria a oportunidade da troca de experiências entre artistas já consagrados em suas profissões e alunos de escolas de música e dança.
Estão agora alocados no Instituto dois projetos bem conhecidos dos moradores do Rio de Janeiro: os Festivais de Inverno, que levam espetáculos à Região Serrana, e a Orquestra Mariuccia Iacovino, criado em 2008, em parceria com a ONG Orquestrando a Vida, sediada em Campos, voltada para a formação musical de cerca de 85 jovens entre 10 e 19 anos.
– A ideia do Instituto é juntar pessoas para promover arranjos sociais para a cultura. A estrutura é financiada pela Dell’Arte. Vamos buscar doadores. Estamos atrelados a plataforma Deduzir.me, o que possibilita a doação através das leis de incentivo – encerra Steffen.